"La liberté humaine précède l'essence de l'homme et la rend possible, l'essence de l'être humain est en suspens dans sa liberté." (Sartre)
quinta-feira, 30 de abril de 2020
Primavera
Em meio a uma pandemia, como uma flor que brota no asfalto, surge Primavera!
Há alguns anos pensei em escrever cem sonetos publicáveis e, em meio aos sonetos, foram surgindo outros versos em outros formatos e quando cheguei ao soneto cinquenta já tinha outros cinquenta versos diversos e resolvi publicar Lira dos Verdes Anos, no final de 2017. Agora, com cinquenta novos versos diversos e mais cinquenta sonetos, sai Primavera, o segundo livro de poesia que é uma espécie de segundo volume do Lira dos Verdes Anos e que forma com ele uma unidade. Lira dos Verdes Anos e Primavera contêm tudo que tenho para dizer em forma de poesia. Duzentos poemas, meus cem sonetos. É a conclusão de um projeto. O fechamento de um ciclo. A realização de um sonho.
Primavera é renascimento, a chegada de um tempo de beleza, a estação das flores e de uma vida nova. O livro, como o Lira dos Verdes Anos, trata do ser e do tempo, do indivíduo que percorre o labirinto da existência, com suas angústias e percalços, mas sem perder de vista o farol da justiça, da beleza e da verdade.
O livro ficou novamente a cargo da Editora Becalete, que tem à frente o Luciano, a quem agradeço pelo esmero editorial; tem a chancela da Academia Palmense de Letras (APL), de Coreaú/CE; o prefácio mais uma vez do poeta Gilmar Paiva; foi dedicado ao meu pai, Oneon Bezerra de Menezes (in memoriam), e conta com um posfácil que é a chave de compreensão de toda a obra e que resolve o enigma ao mesmo tempo em que cria outro enigma (...).
quarta-feira, 29 de abril de 2020
Vetusta homemagem
– Sim, eu sou. Mas protesto pelo escriba... ("Maldição sobre vós, doutores da lei! Maldição sobre vós, hipócritas! Assemelhai-vos aos sepulcros brancos por fora; o exterior parece formoso, mas o interior está cheio de ossos e podridão"; - Mateus, cap. XXII). Sou apenas um técnico, com técnica apenas dentro da técnica. Fora disso sou louco, com direito a sê-lo. E nalguns lampejos de sanidade, lembro-me de render-lhe encômios (Louvação à genialidade num mundo cada vez mais parvo). Louvo o seu espírito livre, a sua mente genial, a sua cultura valerosa, os seus anos idos e vividos... Louvando-o, louvo a arte e a divina centelha humana...
Já o louvava, silente, nos nossos monólogos. Louvava com olhos atônitos, quais o do jovem Heine ao ver passar Napoleão. E penso sempre comigo: Voilà, un homme!
Penso que estás agora inda mais arriba, mestre... Livre da "virilidade" de um insano algoz... Com tempo em demasia pra se dedicar à poesia, à música, à advocacia... Longa é mesmo a arte; breve, muito breve, é a vida. Por que não voas, poeta? Tens as asas de um condor e um Olimpo que te espera. Não disseste que não temias contrates nem mudanças, andando em bravo mar, perdido o lenho?? Alors, c'est l'heure de partir!!
O "an poet" foi proposital. Queria ver se o mestre não perdera o hábito de aplacar nossas teratologias gramaticais...
To Tatais
24.4.2004.
domingo, 26 de abril de 2020
Genealogia hebraica
Abraão x Sara
Isaac x Rebeca
* Esaú e Jacó *
Jacó x Raquel
* José e Benjamin *
José x Asenet
* Manassés e Efraim *
Manassés x (?)
Maquir
(...)
sábado, 25 de abril de 2020
quarta-feira, 22 de abril de 2020
Quarentena
Quem puder, dê exemplo, fique em casa;
Todos juntos na mesma quarentena;
Muito afoito sofreu severa pena;
Tem um vírus que espreita e não se atrasa.
Se não for com cuidado, a bicha arrasa;
Ronda o mundo mais uma pandemia;
Não é hora de ater-se à economia,
Mais prudente é parar pela saúde,
Senão chega lacrado o ataúde,
Acabando pra sempre a alegria.
Eliton Meneses
quinta-feira, 16 de abril de 2020
Abisag
"O rei Davi, quando ficou velho e de idade avançada, por mais que o cobrissem com roupas, não mais se aquecia. Seus servos lhe disseram: 'Vamos procurar para nosso senhor e rei uma jovem virgem, que fique a serviço do rei e o atenda, que durma em seus braços e que aqueça o senhor o rei.' Procuraram então por todas as regiões de Israel uma linda jovem e encontraram Abisag, de Sunam, que levaram ao rei. A jovem era extremamente linda; atendia ao rei e cuidava dele, mas o rei não se uniu a ela." (I Reis, 1:1-4)
terça-feira, 14 de abril de 2020
O Adolescente : Dostoiévski
"Minha ideia é meu refúgio."
"Feliz é aquele que tem um ideal de beleza, mesmo que seja equivocado."
"...quando se tem em mente algo imóvel, perpétuo, forte, que nos ocupa em demasia, a gente como que se afasta do mundo inteiro para um deserto, e tudo o que acontece apenas passa de relance sem tocar no essencial."
"Ah, os meninos o provocaram, então ele jurou se vingar da humanidade."
"...é tão raro a gente conversar com um homem tão evoluído e instruído."
"Precisamos apreciar o ideal."
"Sou capaz de experimentar, da maneira mais cômoda, dois sentimentos opostos ao mesmo tempo – e, é claro, independente da minha vontade."
"A meu ver, o homem foi criado com a impossibilidade física de amar o seu próximo. (...) 'o amor pela humanidade' deve ser entendido apenas como amor por aquela humanidade que tu mesmo criaste em tua alma (noutras palavras, criaste a ti mesmo e amas a ti mesmo), e por isso nunca acontecerá em realidade."
"Um grande pensamento é mais amiúde um sentimento que às vezes demora demais a ser definido."
"A brevidade é a primeira condição da qualidade artística."
"...essa capacidade que tem o homem (e, pelo visto, principalmente o homem russo) de acalentar na alma o mais elevado ideal ao lado da maior torpeza, e tudo com a mais plena sinceridade."
"...toda uma vida de errâncias e perplexidades e de repente a solução de tudo em um dia tal, às cinco da tarde!"
"A grande ideia da imortalidade desapareceria e teria de ser substituída; e todo o grande excedente do antigo amor por aquele que era a imortalidade se canalizaria em todos para a natureza, o mundo, as pessoas, para qualquer haste de erva."
(O Adolescente. Fiódor Dostoiévski)
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