sexta-feira, 23 de agosto de 2019
Soneto LXXVIII
A aragem fustiga a face em transe;
Mar revolto ameaça a vela afoita;
A palavra cortante ainda açoita;
Toda história revolve num relance.
Bem distante, já fora do alcance;
Pesadelo insistente inda pernoita;
Na alcova vazia alguém acoita
O espasmo final de um romance.
Duas aves outrora em simbiose
Avoavam sem norte a céu aberto,
Ao sentirem a mais plena sintonia.
Uma pena que amor em overdose
Faz o bem e o mal andarem perto,
Chega a Deus e destrói a fantasia.
Eliton Meneses
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