"Depois de completado o trabalho de interpretação, o sonho se revela como uma realização de desejo." (Freud)
domingo, 30 de setembro de 2018
DEMOCRACIA x MECANISMO
O Mecanismo que gestou o golpe está chocando o ovo do fascismo!
O exame de DNA vai provar que Moro é pai do Bozo...
A Democracia responderá #ElesNão
O exame de DNA vai provar que Moro é pai do Bozo...
A Democracia responderá #ElesNão
MARRIAGE
"Of course, social conservatives may still believe that homosexual marriage is wrong because the purpose of matrimony is to create children, but infertile and childless and postmenopausal heterosexual couples get married all the time and nobody protests." (Elizabeth Gilbert. Committed, A Love Story)
HISTÓRIA DIRECIONAL
O melhor virá sim, sempre vem, como apostaria Kant, mas não como algo necessário, decorrente de uma força natural inexorável, e sim como uma possibilidade que nasce a partir da construção do homem... Não fiquemos de braços cruzados à espera do melhor. O caminhar rumo ao melhor é uma construção humana e não uma lei da natureza.
quarta-feira, 26 de setembro de 2018
Soneto LXI
Aferrados ao caos de certa insônia,
Esquecemos dos sonhos genuínos;
Não passamos sequer de peregrinos,
Sem amor, sem saber, sem parcimônia.
Traspassamos umbrais sem cerimônia,
Copiamos tacanhos figurinos;
Perfilados cantamos falsos hinos,
Presunçosos perdidos na colônia.
Eis um tempo incomum de resistência;
Mesmo em face do óbvio duvidamos,
Testemunhos passivos da maldade.
Apesar de afogados na ausência,
Desde os gregos antigos procuramos:
A beleza, a justiça e a verdade.
Eliton Meneses
sábado, 15 de setembro de 2018
Ballade des dames du temps jadis
Dictes moy où, n'en quel pays,
Est Flora, la belle Romaine;
Archipiada, ne Thaïs,
Qui fut sa cousine germaine;
Echo, parlant quand bruyt on maine
Dessus rivière ou sus estan,
Qui beaulté ot trop plus qu'humaine?
Mais où sont les neiges d'antan?
Où est la très sage Helloïs,
Pour qui fut chastré et puis moyne
Pierre Esbaillart à Saint-Denis?
Pour son amour ot cest essoyne.
Semblablement, où est la royne
Qui commanda que Buridan
Fust gecté en ung sac en Saine?
Mais où sont les neiges d'antan?
La royne Blanche comme un lis,
Qui chantoit à voix de seraine;
Berte au grant pié, Bietris, Allis;
Harembourges qui tint le Maine,
Et Jehanne, la bonne Lorraine,
Qu'Englois brulerent à Rouan;
Où sont elles, Vierge souvraine?
Mais où sont les neiges d'antan?
Prince, n'enquerez de sepmaine
Où elles sont, ne de cest an,
Qu'à ce reffrain ne vous remaine:
Mais où sont les neiges d'antan?
(François Villon)
quinta-feira, 13 de setembro de 2018
Soneto LX
Corre o sol pelo céu azul-marinho;
Varre a barca na praia a ventania;
Vem de longe, suave, a melodia;
Nem se escuta do mar o burburinho.
Bate as asas na tarde um passarinho;
Uma flor faz completa a harmonia;
No ameno esplendor do fim do dia,
Dois coqueiros se abraçam com carinho.
Da cabana suspira com saudade;
Não sacia a beleza o seu desejo,
Mais queria era tê-la em suas mãos.
Seja sonho, loucura ou realidade,
Cedo ou tarde haveria algum ensejo,
Pois desejos de amor nunca são vãos.
Eliton Meneses
segunda-feira, 3 de setembro de 2018
O NOVO SEMPRE VEM?
É muito estranho ver jovens, na flor da idade, flertando com o que há de pior e mais velho na política. Jovens que, naturalmente, ao menos por toda uma ebulição hormonal, deveriam estar pensando em mudar o mundo, estejam justamente pensando em resgatar o pior da experiência humana, encarando o outro com intolerância, tratando-o como inimigo, desejando destruí-lo pela força. Jovens – inclusive o sobrinho, o primo segundo, o estagiário de Direito (sic), todos com menos de vinte anos – que votam em Bolsonaro, uma excrescência política que incorpora como ninguém a intolerância, o preconceito, a violência como uma panaceia para todos os males, a ignorância travestida de senso comum, tudo isso em um sujeito (minha nossa!) que não emenda com coerência três frases de um discurso. Do Hitler pode-se dizer que era um gênio do mal, um orador, um estrategista político e militar habilidoso, mas o que dizer do Bolsonaro? Bolsonaro é apenas um idiota, um sujeito muito limitado intelectualmente, extremamente insensível, além de arrogante, truculento e desagregador; enfim, um ser humano ridículo. O que faria as pessoas se agarrarem a Bolsonaro como a uma tábua de salvação? Não precisa ser psicólogo para saber que há algo relacionado ao medo e à desilusão, mas o medo e a desilusão é até natural que façam de pessoas de mais idade sujeitos mais acomodados e distantes do outro; no entanto, o jovem, por natureza, mesmo com medo e desiludido, não deveria cair na desesperança e na tentação do ódio, não deveria abraçar o primeiro sem-noção que promete a solução fácil dos problemas complexos atuais com fórmulas já fracassadas sistematicamente ao longo da história. Os jovens tendem naturalmente à tolerância, à sensibilidade e à inteligência. É com essas forças que normalmente constroem o novo... Aliás, em que novidade está pensando a nossa juventude? Que norte pretende adotar? Quem são atualmente os seus referenciais e as suas fontes de inspiração? Houve épocas em que os jovens se inspiravam em Cristo, em Gandhi, num filósofo qualquer ou até mesmo num cantor de rock que pregava a paz... Em quem a juventude atual se espelha? Onde está sendo plantado o novo? Em quem se inspira o jovem que vota no Bolsonaro? Bolsonaro é o retorno à barbárie, à lei do mais forte, do olho por olho, da violência e da intolerância, o que há, enfim, de mais velho e tosco da experiência humana. Bolsonaro é o nosso inconsciente primitivo sem domesticação. Bolsonaro é uma caverna empoeirada e coberta de teia de aranha que deveria gerar repulsa no jovem. Bolsonaro é o velho (mais velho) e não o novo! O novo ainda não apareceu e cabe aos jovens construi-lo, mesmo com medo e desilusão!
sábado, 1 de setembro de 2018
RERUM NOVARUM
"Todo
o conjunto de representações, conceitos e elos que mantinham unido o
nosso mundo estão se dissolvendo e entrando em colapso como um quadro de
sonho. Prepara-se uma nova fase do espírito. Especialmente a filosofia
deve dar as boas-vindas a essa nova fase e reconhecê-la, enquanto
outros, que inutilmente se opõem a ela, agarram-se ao passado." (Hegel)
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