terça-feira, 17 de outubro de 2017

XXXVIII


Não corro o mundo em busca de façanha;
Uma lenda que herdei foi inventada;
Bem cedo desertei da pátria amada;
Cheguei bem triste ao topo da montanha.

Perdido fui cair na artimanha;
Segui sem medo a torpe encruzilhada;
Nem vi que numa curva dessa estrada
Havia de esbarrar em coisa estranha.

Cansado pernoitei em plena rua,
Metido a remoer tantos deslizes,
Sonhei com mais um monstro imaginário.

Com olhos reluzindo a luz da lua,
Cercado de um bando de infelizes,
Fiquei mais uma vez tão solitário.

Eliton Meneses

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