quarta-feira, 20 de setembro de 2017

SONETO XXXII

                                                                                  (...)

Uma flor foi nascer em meu jardim,
Quando não esperava já mais nada;
Germinou numa terra abandonada;
Pôs a chama divina dentro em mim.

Foi o não que aos poucos virou sim;
Uma espera que vara a madrugada;
Deu um sopro na vela da jangada;
Um começo que não prevê um fim.

Afrodite que fala ao meu ouvido
Tantas coisas às vezes sem sentido,
Cedo e tarde dos dias da semana,

Uma rosa vermelha sem espinho;
Um farol que achei pelo caminho;
Uma alma que exalta a raça humana.

Eliton Meneses

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